terça-feira, 18 de outubro de 2011

A Chuuva

Gosto da chuva. Faz-me sentir pequena. Faz-me sentir grandiosa. Afortunada também.
Gosto que chova. Gosto de ver chover. Gosto de pensar no chuveiro (até mais do que estar lá a cantar). Gosto dos sentimentos que desperta em mim o facto, simples e complexo, de estar a chover.
Quantos estarão à chuva, tristes e solitários e completamente perdidos, neste preciso momento? Tanto no momento em que escrevo isto, como naquele em que possa estar a reler este excerto.
A chuva desperta pena ou será compaixão? Não sei, pessoas muito mais sábias que eu confundem estes dois estados e, sinceramente, não acho que se podem diferenciar em nobreza ou intenção.
Não sei bem porque escrevo sobre a chuva. Talvez seja a alegria que nos enche o coração quando estamos sozinhos, à chuva, na calma brilhante do mundo. Talvez seja as maravilhas que se formam graças à água que cai do céu, qual dádiva do criador. Talvez seja a beleza do ser beijado à chuva, sozinhos, amando. Talvez seja só eu. Ou talvez só a chuva.

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